Ontem dia 13/01/2016 contamos com
a ilustre presença do amigo Luís Eduardo Fritsch e Michel Cezar para realizarmos uma passarinhada na Palmeira.
Iniciamos a saída às 7:00 da
manhã em virtude da temperatura e por ser o horário indicado para observação.
Nos dirigimos à propriedade do amigo Michel Cézar, lugar sensacional, muito bem
preservado e que sempre nos revela surpresas, como iremos ver daqui para
frente.
Após nossa chegada, nos dirigimos
primeiramente ao banhado onde as primeiras espécies começaram a dar as caras, Marreca-pé-vermelho (Amazonetta brasiliensis), Tiziu (Volatinia jacarina), Curutié (Certhiaxis cinnamomeus), João-teneném (Synallaxis spixi) e uma espécie muito
interessante, que por mais que não se tenha obtido um registro fotográfico, foi
muito bom poder vê-la, trata-se da
saracura-sanã (Pardirallus nigricans) que passou saltitando pela nossa frente.
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Curutié (Certhiaxis cinnamomeus) |
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João-teneném (Synallaxis spixi) |
Em seguida nos dirigimos até a
mata, onde no primeiro momento já podemos observar um Bico-grosso (Saltator maxillosus), ave muito bela
e por vezes confundida com o Trinca-ferro (Saltator similis), segundos após isso escutei uma
vocalização e não quis acreditar, pois recém estávamos na borda da mata próximo
a um emaranhado de taquaras, logo comentei com os os guris: “gurizada acho que
tem um Cisqueiro (Clibanornis dendrocolaptoides) aqui” , ave ameaçada de extinção devido a degradação de seu habitat,
logo ficamos em silêncio esperando a próxima nota a ser emitida para a confirmação,
e não deu outra, era mesmo. Como o de costume deu um “baile” até conseguir ser
fotografado, então já estávamos satisfeitos por conseguir ver esta espécie
sensacional, sem dúvidas já poderíamos voltar para casa, mas não hehe, seguimos
à procura de outras espécies que habitam o local.
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Bico-grosso (Saltator maxillosus) |
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Cisqueiro (Clibanornis dendrocolaptoides) |
A próxima ave a se mostrar foi o
Pitiguari (Cyclarhis gujanensis), ave colorida com um bico grande em proporção ao seu corpo, seu nome
popular é originado devido a sonoridade do seu canto.
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Pitiguari (Cyclarhis gujanensis) |
Em outro momento fomos
contemplados com a aparição simultânea de duas espécies, Bico-chato- de- orelha- preta (Tolmomyias sulphurescens) e o Cabeçudo (Leptopogon amaurocephalus), aves de pequeno porte que possuem vocalizações muito
características possibilitando sua identificação, porém de difícil visualização,
pois sua plumagem olivácea lhe permite uma boa camuflagem.
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Cabeçudo (Leptopogon amaurocephalus) |
Diversas espécies deram as caras,
infelizmente não permitiram registros fotográficos, mas sim um show de
acrobacias entre as árvores, mostrado sua destreza e seus maravilhosos cantos,
que encantam
qualquer ser, algumas delas como: Limpa-folha-de-testa-baia (Philydor rufum), Caneleiro (Pachyramphus castaneus), Choca-da-mata (Thamnophilus caerulescens), pi-puí (Synallaxis cinerascens), Mariquita (Setophaga pitiayumi),
entre tantas outras.
Então o amigo Michel sugeriu que
a gente fosse até uma poça formada devido às chuvas que ocorrem no ultimo mês,
chegando lá foi possível fazer a observação de algumas espécies aquáticas,
dentre elas a que chamou atenção foi a Carqueja-de-bico-amarelo (Fulica leucoptera), mas sem dúvidas a que mais nos encantou pela
performance, foi o Mergulhão-caçador (Podilymbus podiceps) que desfilava pela pequena poça com toda
sua família, e com esta bela imagem
grafada em nossas mentes a passarinhada pela parte da manhã se dava por
encerrada.
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Carqueja-de-bico-amarelo (Fulica leucoptera) |
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Mergulhão-caçador (Podilymbus podiceps) |
Pela parte da tarde visitamos
dois locais: o Residencial Solar das Missões e a Universidade Federal de Santa
Maria- campus Palmeira das Missões. Devido
ao forte calor não foi possível a visualização de muitas espécies, mas algumas
apareceram para abrilhantar a tarde tais como: Ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum), Juruviara (Vireo chivi), Chopim-do-brejo (Pseudoleistes guirahuro), Caboclinho-branco (Sporophila pileata), Caneleiro-de-chapéu-preto (Pachyramphus validus) e Irerê (Dendrocygna viduata). Assim findou-se mais um dia
de observação e admiração por esses seres alados.
Bida
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Irerê (Dendrocygna viduata) |